LIRA SANTANA DE SIMÃO DIAS/SE

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

FECHADA

FECHADA FILARMÔNICA EM CRISTINÁPOLIS
A filarmônica que ensinava uma profissão à dezenas de adolescentes, está parada
Tirar meninos e meninas das ruas, oferecerem um curso de música gratuitamente e transformar o jovem num excelente músico que possa um dia ser um bom profissional nessa área e depois representar o seu Estado por onde passar vem sendo tarefa fundamental das Escolinhas de Música das filarmônicas do interior sergipano. Recentemente, o jovem Celso, ex-músico da Lira Carlos Gomes, do município de Estância, foi aprovado no concurso da Banda de Música da Guarda Nacional de Brasília. A vitória desse e de tantos outros jovens que aprendem música nessas instituições musicais sem pagar nenhuma mensalidade, vem sendo a satisfação dos diretores e maestros que dirigem essas filarmônicas.
Lamentavelmente, no município de Cristinápolis muitos desses sonhos foram interrompidos no meio do caminho. A Banda de Música, que trabalhava a inclusão social de dezenas de adolescentes e que também engrandecia a cultura desta cidade está fechada e com pouca perspectiva de voltar a funcionar.
É grande a expectativa do coordenador da Associação de Promoção e Bem-Estar Social de Cristinápolis – APROBESC, Florisvaldo Dantas de Santana, 31, com a possibilidade de realizar um contato o mais breve possível com o prefeito Raimundo Leal, e em seguida discutir um convênio com a prefeitura para tentar reabrir os cursos de bordados, corte- e costura, serigrafia e também a filarmônica, com o intuito de retornar a beneficiar a população da “Terra de São Francisco de Assis”.
Fundada há 29 anos, a APROBESC, desde quando foi criada, por um grupo de abnegados, dentre eles os irmãos Geraldo, José Alves e Joel Oliveira, que vem promovendo o bem-estar social do município, com a promoção de vários cursos profissionalizantes. Atualmente, segundo Florisvaldo, os cursos estão parados por falta de recursos, e a instituição, que no passado oferecia ao município uma série de cursos, hoje está apenas trabalhando com o Ensino Fundamental até o 5º ano e a Educação Infantil, que funcionam no Centro Educacional Dr. Joel de Oliveira, mantido pela associação.
A associação também aplicava o curso de Supletivo, mas em virtude da falta de recursos teve que parar. “Temos a expectativa de fazermos um contato com o prefeito, para discutirmos as possibilidades de um provável convênio com a instituição a fim de reativarmos a banda de música, o curso de Supletivo e entre outros que poderão beneficiar a comunidade”, ressaltou Dantas.
A filarmônica, que era um dos projetos vitais da APROBESC, e que oferecia aulas teóricas e práticas de música em três turnos foi fechada em 2006. De acordo com o coordenador, estudavam na Escola de Música sessenta alunos, e os membros efetivos da banda eram de quarenta componentes, sendo que dos sessenta da escola, alguns já estavam entrando para a corporação musical, mas com a falta de dinheiro o sonho deles foi por água a baixo. “A banda funcionou até 2006 quando ainda recebíamos algumas subvenções sociais repassadas pela Assembléia Legislativa do Estado”, informou o coordenador.
Com a suspensão da verba que vinha da Assembléia, a banda ainda ficou funcionando com alguns recursos da própria associação, depois teve que parar por definitivo.
Quem chegar a entrar na sede da banda, enche os olhos de lágrimas ao ver cerca de quarenta instrumentos musicais conservados, alguns novos, e também os fardamentos guardados no local onde a banda se aloja. O coordenador da APROBESC, disse que tinha um convênio com o Governo do Estado, que foi formalizado em 2001, mas que não se estendeu.
Tendo um bom relacionamento com o prefeito do município, FLorisvaldo aguarda somente agendar uma reunião para que essa situação melhore e que os pleitos da associação sejam atendidos pelo gestor.
Fonte: www.atribunacultural.com
Texto: Magno de Jesus

Um comentário:

PROF. RAIMUNDO disse...

QUE PENA.
INFELISMENTE PODEM SER FECHADAS MAIS OUTRAS FILARMÔNICAS A QUALQUER MOMENTO EM NOSSO ESTADO E, EM OUTTROS. POIS OS NOSSOS GOVERNANTES NÃO TÊM INTERESSE NENHUM EM PRESERVAR AS RAIZES CULTURAIS QUE CADA MUNICÍPIO POSSUI.
QUANDO MATÉM EM ATIVIDADE ALGUMA, É RESULTADO DA PRESSÃO DA COMUNIDADE. INFELISMENTE FUNCIONA ASSIM!