Bandas Filarmônicas: baluarte da cultura musical sergipana
Texto: João Liberato (Flautista e mestre em música - UFBA)
A banda filarmônica é um modelo de conjunto musical que ainda prolifera em várias regiões do país. Estas instituições costumam situar-se não só como forma de entretenimento e encontro social, mas também como importantes veículos da instrução musical. No entanto, muitas corporações musicais deste tipo sucumbiram, não mais fazendo parte da vida cultural. Diversos fatores contribuíram para o desaparecimento e a continuidade da atividade de bandas filarmônicas, sendo que o aspecto central que motiva a vida ou morte destas instituições é a função que desempenham na comunidade a que pertencem. As diversas mudanças ocorridas na sociedade brasileira forçaram as bandas filarmônicas a metamorfosearem-se, na busca pela sobrevivência diante das adversidades impostas pelo tempo. Sua origem no Brasil remonta ao final do séc. XVIII, nas bandas militares. Estes conjuntos sofreram diversas transformações ao longo da história. Um dos mais importantes impulsos foi a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, no ano de 1808, acompanhada da Banda da Brigada Real, que passou a estabelecer novos parâmetros musicais e simbólicos na produção de música instrumental no Brasil. Estas bandas militares costumavam tomar parte nas festas oficiais da monarquia luso-brasileira, tanto em honra à Família Real Portuguesa – aniversários, noivados, casamentos, batizados etc – quanto por razões de Estado – aclamações, vitórias militares e celebrações cívico-políticas em geral. Esta utilização permitiu a divulgação deste tipo característico de conjunto instrumental como um importante elemento simbólico na representação monárquica. As bandas filarmônicas eram uma forma de adaptação ou reapropriação desse símbolo sonoro desempenhado pelas bandas militares, que tinham participação em grande parte das cerimônias da monarquia. Esses rituais simbólicos foram se sedimentando na sociedade brasileira ao longo do séc. XIX, fazendo com que surgissem bandas filarmônicas em diversos centros urbanos e até em regiões remotas do país. Em muitos casos, estas bandas filarmônicas estavam no centro da vida cultural e política da cidade a que pertenciam. Interpretavam tanto a música da moda (valsas, polcas, maxixes, dobrados e árias de ópera) quanto faziam moda musical. Seus compositores rendiam homenagens às datas cívicas mais importantes, à sua cidade e aos mais destacados membros da sociedade. Elas abrilhantavam as festas religiosas, as comemorações políticas, as datas importantes e também comoviam a população nas exéquias daqueles que tinham prestígio para tal. A maior peculiaridade quanto à função das bandas filarmônicas no passado é o fato de algumas destas corporações terem desempenhado um papel político importante. Estas bandas constituíam-se em agremiações sociais intimamente ligadas a política. Após a deposição de Dom Pedro II e conseqüente proclamação da república, tem início um embate entre as diversas lideranças brasileiras que almejavam o poder político. Essa luta pelo poder político nos estados leva o país a um clima de extrema rivalidade política, onde os conflitos armados são constantes e boa parte da sociedade encontra-se envolta nesse clima de instabilidade e partidarismo extremado. Era neste contexto que as bandas filarmônicas tinham que se situar. Geralmente estavam sob a égide de um líder político (um coronel) a quem deviam lealdade. Elas se mesclavam com os partidos, pois a bipolaridade política pós-monarquia geralmente se materializava também em duas filarmônicas, a “de cima” e a “de baixo”, a de São Sebastião e a de Santa Cecília, a de Santo Antônio e a de Nossa Senhora da Conceição. Esta realidade era bem evidente em Sergipe. O trecho a seguir, retirado do jornal Folha de Sergipe, com data de primeiro de novembro de 1908, dá uma pequena mostra desta relação política: “Aos seos primeiros arreboés a sympathica philarmonica S. Antonio tocou alvorada em frente a residência do circunspecto Ex. sr. dr. Manoel Baptista Itajahy, digníssimo Vice-Presidente do Estado e Chefe deste município, sahindo depois em passeiata [...] Em casa do sr. coronel Dultra Almeida foram erguidas enthusiasticas saudações; foi servido fino vermouth e após a philarmonica executar lindas peças de seu vastíssimo repertorio, a multidão desfilou [...] Muitas foram as casas vizitadas e em todas a mesma festa, o mesmo delírio [...] O orador foi estrepitosamente saudado. Eram doze horas voltaram todos à sede da philarmonica e ao toque do Hymno Nacional a multidão despersou na melhor ordem, todos jubilosos.”[sic] No entanto, estes acontecimentos compõem apenas uma pequena parte da história destas instituições musicais. As bandas filarmônicas tiveram um papel fundamental não só na construção da cultura musical sergipana, mas também na construção da cultura política e social. Na realidade musical brasileira, uma banda de música desponta como um baluarte, como um exemplo vivo de sucesso musical, revelando – através do estudo histórico – problemas e soluções para instituições congêneres, apontando caminhos para o entendimento e desenvolvimento da atividade musical no Brasil. Ao lançarmos um olhar sobre estas instituições no presente torna-se imprescindível uma conexão com o passado. É o caminho necessário para entender o fenômeno do surgimento, da sobrevivência e do futuro dessas corporações musicais. Indicações bibliográficas: Liberato, João. Filarmônica Nossa Senhora da Conceição: funções de uma banda de música no agreste sergipano no período entre 1898 e 1915. Bahia: UFBA – Dissertação de Mestrado, 2008; Binder, Fernando Pereira. Bandas Militares no Brasil: difusão e organização entre 1808-1889. São Paulo: UNESP - Dissertação de Mestrado, 2006; Schwebel, Horst Karl. Bandas Filarmônicas e Mestres da Bahia. Salvador: Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal a Bahia, 1987.
PROMOVER AOS AMANTES DA ARTE MUSICAL,INFORMAÇÕES A RESPEITO DA HISTÓRIA E EVENTOS DA NOSSA FILARMÔNICA E EXALTAR A IMPORTÂNCIA DOS NOSSOS ILUSTRES MÚSICOS, SÃO OS OBJETITIVOS PRINCIPAIS DESTE BLOG.
LIRA SANTANA DE SIMÃO DIAS/SE
terça-feira, 25 de agosto de 2009
INSTRUMENTOS MUSICAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Instrumentos musicais e suas características físicas
Cada tipo de instrumento tem uma espécie de "assinatura", um conjunto de características sonoras associado que, embora possa parecer subjetivo, tem uma descrição matemática extremamente precisa. Anteriormente comentamos que o som pode ser representado pela soma de diversas ondas individuais, que chamamos de componentes de Fourier. O que diferencia um instrumento de outro são as amplitudes e a duração de cada um dos harmônicos presentes no som resultante; a esse conjunto de características chamamos timbre.
A altura de um som está ligada à intensidade com que ele é emitido, ou seja, ao volume sonoro deste som. Em termos físicos, a altura está ligada à amplitude da onda sonora gerada pela vibração de um determinado instrumento ou material. Quanto maior a amplitude da onda, maior é a quantidade de energia que ela carrega, consequentemente, maior é o seu volume.
Entretanto, a altura pode ser também tratada como a "afinação" de um som. Ela é um atributo do sistema auditivo humano a partir do qual sons quaisquer podem ser classificados em uma ordem que vai do mais baixo ao mais alto, como numa escala de notas musicais. A relação entre a altura e a afinação está ligada à freqüência de vibração do objeto que gerou esse som.
As ondas sonoras complexas geradas por um instrumento musical sempre poderá ser representada por uma série de Fourier, compostas das nota fundamentais e da série de harmônicos ou sobretons, cada um com a sua amplitude e fase. A expressão matemática de uma onda complexa poderia ter a seguinte forma:
P = sen w t + 1/2 sen 2w t + 1/3 sen 3w t + 1/4 sen 4w t + 1/5 sen 5w t.
A estrutura de uma onda sonora produzida por um instrumento pode ser extremamente complexa. Qual seria o tipo de onda produzido pelas séries abaixo?
P = cos w t + 0,7 cos 2w t + 0,5 cos 3w t (5.1)
P = senw t - 0,5sen3w t + 0,33sen5w t – 0,25sen7w t (5.2)
A fase de uma componente desempenha um papel importantíssimo na determinação da forma da onda resultante. Em geral, exceto por mudança de fases muito grandes, como foi o caso acima, ou sons muito intensos, a fase não é muito importante na determinação da forma da onda.
O espectro sonoro é uma forma de mostrar a estrutura de uma onda complexa. Ele é capaz de mostrar quais são as freqüências principais que constituem um determinado som.
O que diferencia um instrumento do outro é exatamente a distribuição de freqüências e das formas de ondas que vimos nas figuras anteriores. Pode-se ver no laboratório que instrumentos de corda são, em geral, bem mais ricos em termos de harmônicos e possuem a forma de onda mais complexa. Os mais pobres são, tipicamente, os de percussão e alguns dos metais (a flauta é o melhor exemplo dos metais, por praticamente não apresentar termos harmônicos de ordem superior a 2, quando ela toca uma nota de freqüência igual a 1568 Hz).
Vamos encerrar esta seção comentando as freqüências fundamentais de ressonância de diversos instrumentos. Elas são características de cada instrumento e dependem, como veremos abaixo, das peculiaridades de cada um. Sistemas acionados por cordas vibrantes possuem uma freqüência fundamental que depende da tensão, massa e comprimento da corda.
Membranas vibrantes e discos metálicos, típicos de instrumentos de percussão, possuem um padrão de freqüência fundamental que é típica e parecida uma com a outra, dependendo também da tensão e densidade da membrana. Já tubos sonoros dependem exclusivamente do comprimento da coluna de ar contida no tubo. A Tabela 3 mostra essa relações para diversos ressonadores, inclusive tubos de órgãos metálicos, e a nomenclatura de cada termo. Os termos referentes aos módulos de Young e razão de Poisson podem ser encontrados em qualquer livro texto clássico de Mecânica e oscilações. Os valores são, por uma questão de concordância, dados no sistema de unidades CGS.
Cada tipo de instrumento tem uma espécie de "assinatura", um conjunto de características sonoras associado que, embora possa parecer subjetivo, tem uma descrição matemática extremamente precisa. Anteriormente comentamos que o som pode ser representado pela soma de diversas ondas individuais, que chamamos de componentes de Fourier. O que diferencia um instrumento de outro são as amplitudes e a duração de cada um dos harmônicos presentes no som resultante; a esse conjunto de características chamamos timbre.
A altura de um som está ligada à intensidade com que ele é emitido, ou seja, ao volume sonoro deste som. Em termos físicos, a altura está ligada à amplitude da onda sonora gerada pela vibração de um determinado instrumento ou material. Quanto maior a amplitude da onda, maior é a quantidade de energia que ela carrega, consequentemente, maior é o seu volume.
Entretanto, a altura pode ser também tratada como a "afinação" de um som. Ela é um atributo do sistema auditivo humano a partir do qual sons quaisquer podem ser classificados em uma ordem que vai do mais baixo ao mais alto, como numa escala de notas musicais. A relação entre a altura e a afinação está ligada à freqüência de vibração do objeto que gerou esse som.
As ondas sonoras complexas geradas por um instrumento musical sempre poderá ser representada por uma série de Fourier, compostas das nota fundamentais e da série de harmônicos ou sobretons, cada um com a sua amplitude e fase. A expressão matemática de uma onda complexa poderia ter a seguinte forma:
P = sen w t + 1/2 sen 2w t + 1/3 sen 3w t + 1/4 sen 4w t + 1/5 sen 5w t.
A estrutura de uma onda sonora produzida por um instrumento pode ser extremamente complexa. Qual seria o tipo de onda produzido pelas séries abaixo?
P = cos w t + 0,7 cos 2w t + 0,5 cos 3w t (5.1)
P = senw t - 0,5sen3w t + 0,33sen5w t – 0,25sen7w t (5.2)
A fase de uma componente desempenha um papel importantíssimo na determinação da forma da onda resultante. Em geral, exceto por mudança de fases muito grandes, como foi o caso acima, ou sons muito intensos, a fase não é muito importante na determinação da forma da onda.
O espectro sonoro é uma forma de mostrar a estrutura de uma onda complexa. Ele é capaz de mostrar quais são as freqüências principais que constituem um determinado som.
O que diferencia um instrumento do outro é exatamente a distribuição de freqüências e das formas de ondas que vimos nas figuras anteriores. Pode-se ver no laboratório que instrumentos de corda são, em geral, bem mais ricos em termos de harmônicos e possuem a forma de onda mais complexa. Os mais pobres são, tipicamente, os de percussão e alguns dos metais (a flauta é o melhor exemplo dos metais, por praticamente não apresentar termos harmônicos de ordem superior a 2, quando ela toca uma nota de freqüência igual a 1568 Hz).
Vamos encerrar esta seção comentando as freqüências fundamentais de ressonância de diversos instrumentos. Elas são características de cada instrumento e dependem, como veremos abaixo, das peculiaridades de cada um. Sistemas acionados por cordas vibrantes possuem uma freqüência fundamental que depende da tensão, massa e comprimento da corda.
Membranas vibrantes e discos metálicos, típicos de instrumentos de percussão, possuem um padrão de freqüência fundamental que é típica e parecida uma com a outra, dependendo também da tensão e densidade da membrana. Já tubos sonoros dependem exclusivamente do comprimento da coluna de ar contida no tubo. A Tabela 3 mostra essa relações para diversos ressonadores, inclusive tubos de órgãos metálicos, e a nomenclatura de cada termo. Os termos referentes aos módulos de Young e razão de Poisson podem ser encontrados em qualquer livro texto clássico de Mecânica e oscilações. Os valores são, por uma questão de concordância, dados no sistema de unidades CGS.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
FECHADA
FECHADA FILARMÔNICA EM CRISTINÁPOLIS
A filarmônica que ensinava uma profissão à dezenas de adolescentes, está parada
Tirar meninos e meninas das ruas, oferecerem um curso de música gratuitamente e transformar o jovem num excelente músico que possa um dia ser um bom profissional nessa área e depois representar o seu Estado por onde passar vem sendo tarefa fundamental das Escolinhas de Música das filarmônicas do interior sergipano. Recentemente, o jovem Celso, ex-músico da Lira Carlos Gomes, do município de Estância, foi aprovado no concurso da Banda de Música da Guarda Nacional de Brasília. A vitória desse e de tantos outros jovens que aprendem música nessas instituições musicais sem pagar nenhuma mensalidade, vem sendo a satisfação dos diretores e maestros que dirigem essas filarmônicas.
Lamentavelmente, no município de Cristinápolis muitos desses sonhos foram interrompidos no meio do caminho. A Banda de Música, que trabalhava a inclusão social de dezenas de adolescentes e que também engrandecia a cultura desta cidade está fechada e com pouca perspectiva de voltar a funcionar.
É grande a expectativa do coordenador da Associação de Promoção e Bem-Estar Social de Cristinápolis – APROBESC, Florisvaldo Dantas de Santana, 31, com a possibilidade de realizar um contato o mais breve possível com o prefeito Raimundo Leal, e em seguida discutir um convênio com a prefeitura para tentar reabrir os cursos de bordados, corte- e costura, serigrafia e também a filarmônica, com o intuito de retornar a beneficiar a população da “Terra de São Francisco de Assis”.
Fundada há 29 anos, a APROBESC, desde quando foi criada, por um grupo de abnegados, dentre eles os irmãos Geraldo, José Alves e Joel Oliveira, que vem promovendo o bem-estar social do município, com a promoção de vários cursos profissionalizantes. Atualmente, segundo Florisvaldo, os cursos estão parados por falta de recursos, e a instituição, que no passado oferecia ao município uma série de cursos, hoje está apenas trabalhando com o Ensino Fundamental até o 5º ano e a Educação Infantil, que funcionam no Centro Educacional Dr. Joel de Oliveira, mantido pela associação.
A associação também aplicava o curso de Supletivo, mas em virtude da falta de recursos teve que parar. “Temos a expectativa de fazermos um contato com o prefeito, para discutirmos as possibilidades de um provável convênio com a instituição a fim de reativarmos a banda de música, o curso de Supletivo e entre outros que poderão beneficiar a comunidade”, ressaltou Dantas.
A filarmônica, que era um dos projetos vitais da APROBESC, e que oferecia aulas teóricas e práticas de música em três turnos foi fechada em 2006. De acordo com o coordenador, estudavam na Escola de Música sessenta alunos, e os membros efetivos da banda eram de quarenta componentes, sendo que dos sessenta da escola, alguns já estavam entrando para a corporação musical, mas com a falta de dinheiro o sonho deles foi por água a baixo. “A banda funcionou até 2006 quando ainda recebíamos algumas subvenções sociais repassadas pela Assembléia Legislativa do Estado”, informou o coordenador.
Com a suspensão da verba que vinha da Assembléia, a banda ainda ficou funcionando com alguns recursos da própria associação, depois teve que parar por definitivo.
Quem chegar a entrar na sede da banda, enche os olhos de lágrimas ao ver cerca de quarenta instrumentos musicais conservados, alguns novos, e também os fardamentos guardados no local onde a banda se aloja. O coordenador da APROBESC, disse que tinha um convênio com o Governo do Estado, que foi formalizado em 2001, mas que não se estendeu.
Tendo um bom relacionamento com o prefeito do município, FLorisvaldo aguarda somente agendar uma reunião para que essa situação melhore e que os pleitos da associação sejam atendidos pelo gestor.
Fonte: www.atribunacultural.com
Texto: Magno de Jesus
A filarmônica que ensinava uma profissão à dezenas de adolescentes, está parada
Tirar meninos e meninas das ruas, oferecerem um curso de música gratuitamente e transformar o jovem num excelente músico que possa um dia ser um bom profissional nessa área e depois representar o seu Estado por onde passar vem sendo tarefa fundamental das Escolinhas de Música das filarmônicas do interior sergipano. Recentemente, o jovem Celso, ex-músico da Lira Carlos Gomes, do município de Estância, foi aprovado no concurso da Banda de Música da Guarda Nacional de Brasília. A vitória desse e de tantos outros jovens que aprendem música nessas instituições musicais sem pagar nenhuma mensalidade, vem sendo a satisfação dos diretores e maestros que dirigem essas filarmônicas.
Lamentavelmente, no município de Cristinápolis muitos desses sonhos foram interrompidos no meio do caminho. A Banda de Música, que trabalhava a inclusão social de dezenas de adolescentes e que também engrandecia a cultura desta cidade está fechada e com pouca perspectiva de voltar a funcionar.
É grande a expectativa do coordenador da Associação de Promoção e Bem-Estar Social de Cristinápolis – APROBESC, Florisvaldo Dantas de Santana, 31, com a possibilidade de realizar um contato o mais breve possível com o prefeito Raimundo Leal, e em seguida discutir um convênio com a prefeitura para tentar reabrir os cursos de bordados, corte- e costura, serigrafia e também a filarmônica, com o intuito de retornar a beneficiar a população da “Terra de São Francisco de Assis”.
Fundada há 29 anos, a APROBESC, desde quando foi criada, por um grupo de abnegados, dentre eles os irmãos Geraldo, José Alves e Joel Oliveira, que vem promovendo o bem-estar social do município, com a promoção de vários cursos profissionalizantes. Atualmente, segundo Florisvaldo, os cursos estão parados por falta de recursos, e a instituição, que no passado oferecia ao município uma série de cursos, hoje está apenas trabalhando com o Ensino Fundamental até o 5º ano e a Educação Infantil, que funcionam no Centro Educacional Dr. Joel de Oliveira, mantido pela associação.
A associação também aplicava o curso de Supletivo, mas em virtude da falta de recursos teve que parar. “Temos a expectativa de fazermos um contato com o prefeito, para discutirmos as possibilidades de um provável convênio com a instituição a fim de reativarmos a banda de música, o curso de Supletivo e entre outros que poderão beneficiar a comunidade”, ressaltou Dantas.
A filarmônica, que era um dos projetos vitais da APROBESC, e que oferecia aulas teóricas e práticas de música em três turnos foi fechada em 2006. De acordo com o coordenador, estudavam na Escola de Música sessenta alunos, e os membros efetivos da banda eram de quarenta componentes, sendo que dos sessenta da escola, alguns já estavam entrando para a corporação musical, mas com a falta de dinheiro o sonho deles foi por água a baixo. “A banda funcionou até 2006 quando ainda recebíamos algumas subvenções sociais repassadas pela Assembléia Legislativa do Estado”, informou o coordenador.
Com a suspensão da verba que vinha da Assembléia, a banda ainda ficou funcionando com alguns recursos da própria associação, depois teve que parar por definitivo.
Quem chegar a entrar na sede da banda, enche os olhos de lágrimas ao ver cerca de quarenta instrumentos musicais conservados, alguns novos, e também os fardamentos guardados no local onde a banda se aloja. O coordenador da APROBESC, disse que tinha um convênio com o Governo do Estado, que foi formalizado em 2001, mas que não se estendeu.
Tendo um bom relacionamento com o prefeito do município, FLorisvaldo aguarda somente agendar uma reunião para que essa situação melhore e que os pleitos da associação sejam atendidos pelo gestor.
Fonte: www.atribunacultural.com
Texto: Magno de Jesus
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