LIRA SANTANA DE SIMÃO DIAS/SE

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Filarmônica Lira Sangonçalense

Maestro Aloísio Flávio recebe tributo da Fundação Senhor dos Passos


1. Maestro Aloísio Flávio
2. Maestro Aloísio Flávio (primeiro à esquerda, com a batuta) e a Lira Muritibana
Fotos: Reproduções

Na sexta-feira, 20, a partir das 20 horas, em comemoração aos 15 anos da Fundação Senhor dos Passos, que ocorre na segunda-feira, 16, também data de nascimento de músico homenageado, apresentação da Filarmônica Lira Sangonçalense, com 28 músicos, no Tributo ao Maestro Aloísio Flávio, "Batuta de Ouro". Será no auditório do Centro Comunitário Ederval Fernandes Falcão, na Baraúna.
O maestro Aloisio Flávio Pimenta era um homem simples, humilde, boêmio e seresteiro. Nasceu em São Gonçalo dos Campos, em 16 de maio de 1894, e faleceu aos 69 anos, em 27 de janeiro de 1963, em Santo Amaro, num domingo de Lavagem da Igreja de Nossa Senhora da Purificação.
Sendo de uma família pobre, cedo precisou trabalhar assumindo assim a profissão de alfaiate. Entretanto, o seu ponto forte era a musica, e foi a paixão por ela que o fez abandonar a profissão abraçada anteriormente. Movido pela forte tendência musical com muita facilidade aprendeu a tocar clarinete, tornando-se exímio neste instrumento. Ele também era compositor de dobrados e valsas, que faziam sucesso quando executadas por todas as filarmônicas existentes.
Ele começou a sua atividade musical na Filarmônica Lira Sangonçalense e a partir daí não parou mais e sua fama começou a correr pelo Recôncavo baiano, sendo procurado e convidado para dirigir outras filarmônicas, como a 25 de Março, Vitória e Euterpe Feirense, em Feira de Santana, Lira Muritibana (de Muritiba), Lira União Felista (de São Félix), Lira Bonfinense (de Castro Alves), Lira Carlos Gomes (de São Francisco do Conde), Lira dos Artistas e Lira Filhos de Apolo (ambas de Santo Amaro da Purificação). É interessante notar que apesar da sua sensibilidade e competência musical a marca de sua personalidade era a simplicidade. Ao reger as filarmônicas citadas, ele nunca se postava à frente dos músicos e sim ao lado ou atrás, comportamento que à época lhe rendeu muitos elogios.
Reconhecimento
Ele foi homenageado pela Sociedade Filarmônica Vitoria com um clarinete (marca Milano) vindo da Itália e personalizado com o seu nome gravado em alto relevo. Também com a "Batuta de Ouro", símbolo máximo do reconhecimento à sua capacidade musical.
"Por grande inquietação e motivação ao assistir outras homenagens aqui que, porque não dizer me senti na obrigação de me movimentar para homenagear este grande maestro, que na década de 30 era grande musico elogiado por Estevão Moura, Tertuliano Santos e grande admirador de Carlos Gomes e sempre que tinha oportunidade executava trechos da ópera 'O Gurany'", conta Carlos Augusto Falcão da Silva, da Fundação Senhor dos Passos.
Então é com "grande emoção que esta inquietação se torna realidade nesta justíssima homenagem que prestamos ao maestro Aloisio Flávio Pimenta, o 'Batuta de Ouro', amante da música e das filarmônicas", continua.
Entusiasmado, Carlos Augusto completa: "Receba maestro Aloisio esta homenagem através de concerto da Lira Sangonçalense, que por tantas vezes você regeu com paixão dedicação e competência. Com certeza maestro toda a energia musical desta noite será dedicada a você. Que esta energia musical transcenda a vida material e chegue até você com toda a magnitude".

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